Cortisol: O que é e como ele afeta o equilíbrio

Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelo próprio corpo humano. Eles atuam em diferentes partes do organismo e exercem funções importantes para o seu funcionamento. Um dos hormônios mais relevantes é o cortisol, também conhecido como hormônio do estresse, de acordo com o Ministério da Saúde.

“O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que, como o próprio nome já diz, estão localizadas logo acima dos rins. As suprarrenais produzem diversos tipos de hormônios e o cortisol é um dos hormônios produzidos e liberados em situações de estresse”, afirma a endocrinologista Daniele Zaninelli.

Estresse agudo e crônico: as diferentes ações do cortisol

No entanto, segundo a médica, os efeitos do cortisol em situações de estresse agudo são diferentes das consequências vistas quando o organismo acumula altas cargas de estresse por longos períodos, como vários dias ou semanas, o que é chamado de estresse crônico. 

Ao enfrentar uma situação desafiadora e que provoca estresse agudo, o corpo humano inicia a liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina, além de uma quantidade extra de cortisol. Todas essas substâncias ajudam a deixar o organismo em estado de alerta, como se estivesse em perigo, pronto para lutar ou escapar do problema.

Além disso, o cortisol traz outros benefícios para a saúde, sendo fundamental para a manutenção do bem-estar. “A maior parte das células pode sofrer os efeitos do cortisol: ele interfere nos níveis de açúcar no sangue, ajuda a regular o metabolismo, reduz a inflamação e estimula a memória. Ainda ajuda a controlar a pressão arterial”, informa a especialista. 

Estresse crônico aumenta a produção de cortisol

Já o lado negativo do cortisol começa a aparecer quando o organismo passa a enfrentar o estresse crônico. Quando isso acontece, as glândulas suprarrenais liberam ainda mais cortisol e o corpo tenta eliminar o estresse ou tenta se acostumar com ele, se adaptando aos seus efeitos, o que nem sempre é possível. 

Em vários casos, o organismo não consegue responder de forma adequada a essas mudanças e os efeitos de natureza diversa logo aparecem, podendo, consequentemente, afetar a imunidade do indivíduo.

É possível lutar contra os efeitos negativos do cortisol?

Para evitar os malefícios do aumento prolongado dos níveis de cortisol em situações de estresse crônico, é preciso identificar os fatores desencadeantes e tentar modificá-los. “Mantendo a prática regular de atividade física, uma alimentação equilibrada, sono adequado, evitando ainda o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, é possível mitigar muitos de seus efeitos deletérios à saúde”, afirma Dra. Daniele. 

Já o tratamento, que deve ser sempre feito com acompanhamento médico, pode ser realizado com o uso de compostos polivitamínicos, quando é detectada uma deficiência nutricional, ou ainda com remédios feitos a partir da planta Rhodiola rosea, que, segundo estudos, diminui a sensação de fadiga mental, aumenta a capacidade física e regula a produção do cortisol. 

Dados do Ministério da Saúde: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/geral/34225-privacao-do-sono-pode-desencadear-doencas-graves